quarta-feira, 18 de março de 2015

Requalificação da Velha Torre: Antes o problema chamava-se ANA SA. E agora?


De uma forma geral, já me começam a faltar adjectivos para descrever algumas tomadas de posição e comportamentos relativos aquilo que deveria ser a defesa intransigente do Aeroporto de Santa Maria. Lamento por exemplo que não se note uma união pública declarada por parte, quer das entidades da ilha como seja a Câmara do Comércio quer dos nossos legítimos representantes. É triste e mais triste será para quem, por total desconhecimento de causa, vai levando com uma chuva de comunicados que mais não servem para sacudir a água do capote e alimentar uma quezília politica que em nada beneficia a Ilha de Santa Maria.
Por estes dias são as questões em torno das escalas técnicas que dominam a ordem do dia mas outras, como a que trago aqui, não podem passar impunes aos olhos de quem realmente se interessa e sofre pelo contínuo abandono e desinvestimento que é alvo o Aeroporto Internacional de Santa Maria.
Pelas mais variadas razões e sempre com a legitimidade que me (nos) assiste, "bateu-se" durante anos e anos na empresa gestora do Aeroporto e quando esta, numa das raras tomadas de posição que foi de encontro a uma velha pretensão dos marienses, surge o Governo Regional dos Açores como ovelha negra a adiar o início de um processo que há muito é reivindicado. A requalificação da Velha Torre de Controlo.
Mas para que possam ficar minimamente esclarecidos, vou voltar um pouco atrás. A ANA SA, enquanto empresa gestora da infraestrutura nunca teve interesse na requalificação da Velha Torre. Como tal, no limiar da privatização, a empresa orçamentou uma verba (100 mil euros) para a demolição da mesma no entanto, surgiu o interesse do GRA através da Direcção Regional da Cultura com um projecto que me parece ser bastante arrojado e que beneficia a nossa história aeronáutica. Mas adiante. A verba orçamentada pela ANA SA para a torre continuou a sê-lo mas foi disponibilizada à DRC para o projeto que atrás referi. Constava do Orçamento Regional para 2015 mas agora, face à rectificação que vai ser alvo o documento, a rubrica continuará aberta mas com menos 99 mil euros. E esta hein? Era manda-los comer aquilo que muitos tem na cabeça e não sabem.......!!